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TIC – Terapia de Indução de Colágeno
Por Éverton Lopes
Professor/ Técnico Esteticista
A técnica que foi criada na Europa em
1995, chegou ao Brasil sutilmente no ano de 2010 e tem ganhado a confiança de
diversos profissionais da área da beleza, pelos excelentes resultados
alcançados e a facilidade de uso da mesma. Livre do uso de injeções e outras
técnicas dolorosas para o tratamento das rugas, esta técnica promete resultados
eficazes e quase que indolores o que agrada tanto pacientes como os
profissionais.
Quando chegou ao Brasil a técnica era
feita apenas por médicos dermatologistas, mas hoje esteticistas, fisioterapeutas
e biomédicos, também estão aplicando este tipo de tratamento em clinicas de
estéticas em todo o país, o que vem popularizando a técnica e difundindo-a em
tão pouco tempo.
A aplicação desse tratamento é
simples e deve ser feita com um aparelho que consiste em um rolo pequeno contendo
agulhas que vão de 0,20 a 3,0mm de comprimento e de 190 a 540 agulhas em um
único rolinho.
Uma vez que estas agulhas entram em
contato com a pele, promove micro perfurações múltiplas, que por sua vez tem a
capacidade de estimular a pele a produzir colágeno em maior quantidade, pois, o
organismo entende o procedimento como uma agressão e começa a responder a isso,
trazendo benefícios e respostas muito rápidos para o tratamento de rugas e
estrias.
O ferimento causado pelas agulhas, quando muito próximas umas das
outras, promove inflamação, proliferação e remodelagem; estimulando a formação
de colágeno na derme superior logo abaixo da camada basal da epiderme.
Mesmo se tratando de agulhas (um
objeto perfurocortante) a técnica é extremamente segura, devendo apenas ser
ressaltado os cuidados de higiene e profilaxia, afim de não contaminar o
material e por consequência o cliente. O profissional esteticista poderá usar
as agulhas até 0,50mm, acima dessa medida o uso fica restrito aos
fisioterapeutas (até 1,0mm) Biomédicos (até 1,5mm) e médicos. Vale lembrar ao
esteticista que a técnica é segura quando respeitado os limites de tamanho da
agulha permitido, pois o uso do agulhamento acima de 0,50mm atingem além da
camada granulosa provocando assim o sangramento.
De uso individual, o rolinho não pode
ser aproveitado, ainda que no mesmo cliente/paciente, devendo ser descartado
logo após seu uso, pois trata-se de um material estéril sendo impossível sua
esterilização, sem contar no corte da lamina que, após o uso, perde seu corte original,
tornando a técnica inviável.
Vale lembrar que esta técnica apesar
de muito utilizada na Europa e agora aqui no Brasil, ainda requer muitos
estudos e pesquisas, pois pelo que se percebe, a técnica pode trazer benefícios
além dos propostos inicialmente. Já se obteve excelentes resultados na
revascularização, repigmentação das marcas estriadas e preenche as cicatrizes
acneicas: sendo analisada dessa forma a TIC é adequada para diversos
tratamentos em patologias diferentes.
Os tratamentos são feitos em cerca a
30 a 40 minutos e deve ser associado o uso de cosméticos que visam estimular a
produção de colágeno e elastina, jamais utilizando produtos que acalmem a pele,
pois o processo inflamatório é o principal agente responsável pelos excelentes
resultados que a técnica propõe, é ele que dará ao organismo condições de
aumentar a produção do colágeno e da elastina.
As sessões deverão ser feitas com intervalos
que variam em média de 7 a 28 dias dependendo do tamanho de agulha escolhida
para o tratamento e da resposta imunológica de cada cliente. Jamais esquecer o
uso de protetor solar, que deverá ser utilizado somente após 4 horas de
aplicação da técnica, e durante todo o tempo em que durar o tratamento.
Sensorial
A técnica é quase indolor em se
tratando das agulhas de 0,25 e as respostas ao tratamento começam a surgir logo
nas primeiras semanas.
Logo após a aplicação a pele fica bem
avermelhada (como se tivesse tido uma grande exposição ao sol) e a sensibilidade
dessa pele aumenta como se realmente a pele estivesse queimada do sol (sente-se
leve ardência como a que se sente após queimadura solar).
É importante avisar o cliente sobre
esses pontos a fim de evitar possíveis constrangimentos, mas a técnica não
impede o cliente de realizar suas atividades normais do dia a dia, como por
exemplo, o trabalho, pois após a aplicação podemos passar um pó com protetor
solar disfarçando a hiperemia que irá persistir por alguns dias.
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